quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Devaneio

É quando o céu abruma e posso sentir o vento balançar levemente os fios escuros que carrego, que meu pensamento se conduz lenta e descaradamente a você.
Meu bem, como você precisa ouvir. Não somos tão espertos quanto julgamos com relação aos outros, talvez bem mais infantis quando o assunto é sentimento, os alheios principalmente. Nossos gostos se parecem e chegam até a se completar, a lua, o pôr-do-sol e até os vagalumes. Mas pense bem, o que só é lindo não resiste às intempéries do tempo e se perderia ai o feliz e duradouro.
O teu coração seduziu o meu com teu carinho. Tentei segurar ele aqui junto ao peito, não consegui. Quis me distanciar, mostrar a ele que quem manda sou eu, que tolice. Vou viver só com esse pedacinho que tenho aqui? De que adianta, você domina esse também.
Quanto tempo levaria meu amor – sim, tenho certeza – para que você visse meus defeitos. Mas porque acreditar no que digo? Eu sempre minto.

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