segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Amor paterno, vôterno, eterno.



Você que tinha  por mim um carinho tímido, mas um carinho que eu sentia. E tudo ficou tão diferente depois que você se foi. Nem vem dizer que você avisou, eu tinha planos que contavam com você, com sua ajuda. E agora o que serão deles? Já não adianta mais fazer por você, você não vai estar aqui. E como é diferente chegar e não te ver me esperando; acordar e não te ver tomando seu café, ir dormir sem ver você dar aquela conferida pra ver se está tudo bem. Ah vô, e eu não sabia que ia sentir tanto a tua falta. Ainda sinto seu cheiro nos lençóis, o cheiro que só você tinha. E quando olho para a cadeira na calçada imagino você lá, me falando de como eram as coisas no seu tempo. Queria tanto que você ainda estivesse aqui para comemorar comigo as “nossas” vitórias e para chorar por mim se preciso fosse, porque eu sei que você o faria. Tanta coisa aconteceu depois que você foi embora, muita coisa mudou, nós crescemos, talvez se você estivesse aqui até sentisse orgulho de nós.  Eu nunca pensei em te perder assim, se eu soubesse... Ah se eu soubesse, tinha aproveitado você e aprendido muito mais, e te abraçado muito mais. Sei que aí onde você está, vai olhar por mim, por nós, olha pai e não deixa que se apague nunca essa imagem que tenha sua aqui, essas lembranças que mesmo boas doem tanto, por saber que são as últimas. Dois anos sem você e eu ainda lembro o dia em que tive que vir embora e você disse: “Não demore não minha filha”, você estava certo, eu não poderia demorar.
Eu tenho certeza que nunca vou deixar de te amar.

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